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Mente aberta, a verdadeira liberdade

Ontem realizamos uma Oficina de Rap com os jovens que cumprem medidas socioeducativas em Cotia e em Caucaia do Alto. O tema foi liberdade. Rendeu assunto. Fomos de Rosa Luxemburgo a Nelson Mandela, de Luiz Alberto Mendes a Rashid. E no final, saímos todos com a mente respirando liberdade

Um assunto que parece clichê, mas o tema ‘liberdade’, para quem já esteve preso (ou apreendido), é de extrema importância, pois muitas vezes a pessoa sai da prisão, mas sua mente ainda fica aprisionada.

E foi essa a abordagem do encontro que fizemos nesta quarta-feira (4) com os jovens que cumprem medidas socioeducativas em Cotia e em Caucaia do Alto. Todos já passaram pela Fundação Casa e hoje procuram se ressocializar, buscar uma nova vida, sem deixar a esperança morrer. Mas não é fácil.

Com eles desenvolvo a Oficina de Rap, sempre propondo um tema que é refletido a partir de textos, vídeos, poesias e letras musicais. E ontem falamos sobre liberdade.

Comecei a oficina perguntando o que era liberdade para eles. Alguns responderam que era poder fazer de tudo que quisesse. “Tudo mesmo?”, questionei. “Tudo, mas desde que não prejudique ninguém”, responderam.

A partir daí, começamos a refletir no seguinte: sei que tudo posso, mas será que tudo eu devo fazer? Eles concordaram. Então continuei: “Quanto mais usamos a nossa liberdade de forma extrapolada e sem consciência, mais a perdemos. Todas as nossas escolhas trazem consequências, e essas consequências, muitas vezes, nos privam da liberdade”. Eles ouviam e nada falavam.

Depois partimos para outro momento, o dos exemplos. Levei a eles a história de Nelson Mandela e todo seu ativismo político e social. Depois mostrei um pequeno trecho de uma entrevista com o escritor Luiz Alberto Mendes, que ficou preso por mais de 30 anos. Uma história fantástica de superação.

No final, lemos e ouvimos a música “Libertai”, do rapper Rashid, que aborda muito bem o tema proposto na oficina. Em um trecho do refrão, o cantor diz: “Qual história que você quer escrever? Porque a vida deu caneta e papel”. E foi com essa mensagem que terminamos o encontro, pois a vida nos deu realmente caneta e papel, e nós somos os únicos que podemos escrever as páginas de nossa história.

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