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Núcleo da USP estuda caminhos para criar um Brasil menos violento

Quando pensamos em ciência, normalmente imaginamos um conjunto de métodos e raciocínios aplicados para a solução de mistérios ou de problemas enfrentados pela humanidade. Aprender a tratar doenças graves ou criar soluções tecnológicas que melhorem nossas cidades são alguns dos grandes objetivos da ciência.

No entanto, entender a complexidade que cerca nossas relações sociais e tentar solucioná-la também faz parte dessa nobre empreitada. Para isso, existem centros de pesquisa como o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP que, desde 1987, desenvolve pesquisas e forma pesquisadores que estudam assuntos relacionados à violência, democracia e direitos humanos.

De acordo com o professor Sérgio Adorno, docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e coordenador do NEV, o núcleo foi um dos primeiros centros com o objetivo principal de estudar o “fenômeno da violência”.

Criado em parceria com o professor Paulo Sérgio Pinheiro, no final dos anos 1980, o NEV teve início em uma pequena sala no próprio Departamento de Sociologia da FFLCH. Nos anos seguintes, o núcleo cresceu, ganhou nova sede e autonomia para formar e receber pesquisadores de outras áreas do conhecimento, como a professora Nancy Cardia, especialista em Psicologia Social.

“Tínhamos objetivos muito claros, primeiro construir uma base de documentação e contribuir para melhorar a qualidade dos dados primários obtidos através de pesquisas de campo”, lembra Adorno ao explicar que a atenção do grupo se concentrou inicialmente em mapear, por exemplo, os homicídios desde o final dos anos 1970 até décadas mais recentes, verificando os indicadores sociais dos envolvidos, ou seja, dados como escolaridade, ocupação, profissionalização e até acesso aos direitos básicos.

Segundo o professor, desde seu desenvolvimento inicial, o grupo tinha como uma de suas principais metas realizar pesquisas “cujos resultados pudessem contribuir para formular políticas públicas mais condizentes com o controle da violência”. Para ele, era essencial promover pesquisas que pudessem contribuir para fomentar mudanças de mentalidades em relação aos direitos humanos e que, de alguma maneira, também contribuíssem para a formação dos recursos especializados para trabalhar nas áreas de justiça e direitos humanos.

Ao agregar pesquisadores de diferentes níveis de formação, o NEV nasceu com foco em estudar a violência no Brasil, mas sempre a partir de comparações, inclusive com demais países da América Latina. A ideia era “comparar com outras sociedades, em diferentes estados de desenvolvimento econômico e social, para saber como experiências bem-sucedidas poderiam iluminar não só a nossa pesquisa, mas também os formuladores de políticas públicas de segurança”, relata.

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