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Dória deixa o governo sem iniciar obras da Raposo. Quem paga essa conta?

O ano era julho de 2018. João Dória (PSDB) acabara de descumprir uma de suas promessas que era a de não deixar a Prefeitura da capital  para concorrer às eleições. E se apresentava então como pré-candidato a governador do Estado tendo como aliado Jair Bolsonaro, à época no PSL.

Apoiado também pelo prefeito de Cotia Rogério Franco (PSD), na fatídica e fracassada campanha com o “vezinho deitado e a dobradinha “BolsoDoria”, esteve em Cotia em evento badalado e cheio de figurões da política, um bando de cabos eleitorais e puxa-sacos.

“Não é promessa de campanha, mas um compromisso junto com os prefeitos de avaliarmos qual a melhor alternativa possível e viável para melhorar a questão específica do excesso de automóveis na Raposo Tavares”, disse o então candidato em seu discurso em Cotia.  (leia mais na Revista Circuito)

Vale dizer que essa promessa não foi suficiente para que ele vencesse as eleições na cidade. Mas foi eleito. E voltou à cidade já como governador em agosto do ano passado, quando o plano de mobilidade já havia sido concretizado e assinou a ordem de serviço de R$ 96 milhões.

Eu estava lá e cobri a pauta para o Site da Granja, leia aqui.

Feito isso,  algumas burocracias a serem cumpridas, e finalmente a licitação da obra que começa ou começaria exatamente pelo meu bairro, altura do km 25, ligando o Parque São George ao Jardim da Glória.

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Mas isso não aconteceu. O prefeito de Cotia Rogério Franco, em entrevista ao jornal Giro disse que se sentia frustrado.

João Dória  deixou o governo do Estado, para concorrer à presidência da República e seu compromisso com os prefeitos da região e os moradores não foi cumprido e quiçá será cumprido por seu sucessor Rodrigo Garcia que é candidato a reeleição.

“Então, era para essa obra estar licitada desde outubro ou novembro. Nós já estamos no mês de março e não houve nem a licitação da obra. Então, resumindo para mim é uma frustração, pior do que os outros, pois ainda teve uma contrapartida da Prefeitura com o projeto executivo, mas ainda não perdi totalmente a esperança de que a obra seja feita. Não sei dizer se tem alguma conotação política que possa ter interferido”, disse ele ao Giro.

O que corre os bastidores é que o motivo seria sim político e tem a ver com a aproximação de Rogério com o PT, conforme descrito em outro post nesse blog.

De todo modo, vale dizer que a Rodovia Raposo Tavares, apesar de cortar a cidade de Cotia, é uma via Estadual cuja responsabilidade é do governo do Estado.  Mas também vale dizer que uma cidade é representada por seus vereadores e prefeito, que são, ou deveriam ser, porta-vozes para essa e outras necessidades.

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