Lá estava eu no busão Jardim Sandra, via Hospital, que eu costumo pegar (quando passa no horário ) para ir para “firma”, também conhecida como Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Cotia.

No km 29, ali no Rio Cotia, entram duas jovens, com jeitão de bicho grilo, roupas coloridas, uma delas com um chapéu bacana com uma pena e uma trança bem fininha. Uma mala enorme e algo que parecia uma barraca.

Sentaram do meu lado. Tagarelavam sem parar num Espanhol muito enrolado e ligeiro.

Pôôô, não podiam falar mais devagar?

Falavam do nosso real, algo que havia custado 3 reais (ainda existe algo com esse preço por aqui?) ou será que não era isso?

A todo instante olhavam para o GPS do celular. Falavam de algumas cidades que achavam que era interior do estado como São Bernardo, Santo André e que depois daqui iriam para Araçariguama.

E eu pensando: será que elas vão acampar na Reserva do Morro Grande, afinal tinham uma barraca?

Eu com uma vontade doida de puxar conversa mas me segurei.

Eis que uma delas meio perdida no GPS virou-se para mim e perguntou, em português: “moça, esse ônibus passa no centro de Cotia?” Eu de pronto respondi que sim. Ela agradeceu e continuou a prosa com a amiga.

Bem, ao menos descobri que estavam indo para o centro.

Já sei!!! Vão vender artesanato no calçadão, por isso a mala grande e a barraca!!! Será?

Que sejam bem vindas!