O ministério da educação vem sendo noticia dia após dia nos sites e jornais, desde que Guru Olavo de Carvalho “pitacou” na troca do ministro e agora assume um com perfil muito mais para segurança que magistério.

1 – Ministro colocando regras.

Recentemente o ministro avisou que não iria tolerar manifestações idealistas em universidades, principalmente as federais, e no que tange a críticas ao governo, ou mesmo aos apoiadores do governo, o tratamento seria diferenciado.

Isto ocorreu em sua declaração da semana passada que comentamos aqui quando falava do conteúdo programático, onde refutava matérias como Filosofia ou Sociologia. Informou que iria cortar verbas destes cursos, e focando mais em cursos técnicos e humanas relacionadas a saúde que na sua interpretação tem um retorno mais rápido ao aluno quando cursa disciplinas como Enfermagem, Medicina, Engenharia. Não está longe da verdade, mas hoje em dia do jeito que as coisas estão, não precisa terminar o curso de engenharia para trabalhar na Uber.

A nossa crítica aqui na coluna nem foi na seleção que ele faz dos cursos e sim que independente do que optar, para a colocação no mercado a história é muito diferente.

Também lembramos da péssima qualidade dos cursos que formam profissionais sem capacitação para o mercado e com deficiências inaceitáveis como o caso dos médicos que não sabem diagnosticar um infarto.

E também destacamos que o que ele pregava, que seria este redirecionamento de verbas para os cursos, para incentivar a procura por cursos técnicos e humanas relacionados a saúde já acontece naturalmente, podendo ser visto pelo numero de candidatos por vagas de cada curso.

Nem entrei no mérito que desestimular cursos onde vai formar pensadores sempre foi a proposta de todos os ditadores, sejam de direita ou esquerda. Tanto Mao Tsé-tung, um dos maiores líderes comunistas como Adolf Hitler, o exemplo da ditadura extrema direita refutaram os pensadores e cursos que estimulam o pensamento.

2 – Declaração de Guerra

A declaração de guerra com punições do tipo castigo, como o corte de verbas já teve inicio. Quem pensou que não seria sério, é só acessar os sites de noticias pra ver que o ministro está cortando 30% das verbas de universidade como: Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), por apresentarem comportamentos que vão contra os avisos do ministro. Essas universidades provocarem “balbúrdia” com manifestações partidárias.

É um processo de asfixia pois considere a perda de 30% de seu rendimento mensal. É muito dolorido. Como Psicanalista que também sou, entendo que muita gente aposta que a melhor forma de punição para qualquer pessoa é o dinheiro. A grande maioria pensa que a parte do corpo que mais dói em uma pessoa é o bolso.

Infelizmente estão errados. Se fosse assim seria muito fácil punir e corrigir comportamentos que estão fora das regras gerais que cada grupo adota ou leva como ética para convivio. As pessoas reagem de formas muito diferenciadas, mas uma das maiores punições que você pode impor a uma pessoa, é a retirada do poder. O poder é algo muito mais valioso. Se você perde dinheiro, mantendo o poder você consegue outro dinheiro. Mas sem poder, para aquela pessoa que sente a necessidade do poder, a retirada ou qualquer abalo em sua supremacia é por demais ofensivo.

Vai um recadinho ai. Tira o dinheiro, atrasos de pagamentos, clientes não pagos. Juros, cobranças e custos adicionais. Mas podem continuar com a balburdia que quiserem. Tire o poder de um reitor, de um coordenador de curso, ou mesmo de um professor, e vará como o efeito é outro.

3 – Proteção Geral

A balburdia das manifestações não foram nada que merecesse intervenção policial, ou algo de destaque. Somente criticas ao atual governo e uma idolatria ao marxismo, que na verdade é só falta de conhecimento, a maioria das pessoas agem desta forma. Quando algo é posto a elas como salvação e não é explicado e sim imposto para que aceitem, ficam cegas e fanáticas. Não entendem e não tentam entender ou conhecer, pois ai vem aquela coisa de conhecer de verdade seu herói. Se lerem as teorias do filosofo judeu Alemão que nunca trabalhou mas teorizou sobre o sistema de trabalho e a dominação por parte do estado, talvez pensassem melhor antes de dizerem besteiras.

A defesa por parte do ministro quando as criticas do governo atual e seus apoiadores é o assunto que  deve ser entendido. Talvez pelo vídeo que o presidente soltou no ultimo domingo em sua rede social, onde uma aluna gravou uma professora que chamava Olavo de Carvalho de burro, idiota e outras coisinhas mais. A moça gravou e avisou a professora que o fazia por que havia pago para ter aula e não ouvir os pensamentos políticos da professora.

O comportamento da aluna é exemplar. Ela não falou no vídeo se era a favor ou contra o Olavo, mas sim que ela estava pagando por uma aula e não pra ouvir comentários. Esse posicionamento que deve começar por parte de todos os alunos, independente do partido que o professor milita, deve lá dar sua aula e não discursar sobre suas ideologias. Já foi difícil afastar das escolas a questão religiosa. Hoje temos escolas que são totalmente voltadas a uma religião ou outra, principalmente particulares, mas as escolas públicas não se mantem mais aquela coisa do ensino religioso, a obrigação de rezar nas aulas. Isso demorou para acabar e agora vem a mesma coisa com partidos políticos.

Então que se façam escolas com total viés partidário como já temos hoje as escolas militares, que outras linhas de pensamento assumam que pregam exclusivamente a sua opinião, mas não em escolas públicas. Façam suas escolas particulares, quem quiser que vá e pague pra isso. Na escola pública não se deve pregar, politica, religião, e daqui a pouco vão começar a discutir futebol.