
Três pontos – Do lado de lá
Uma edição especial sobre o Brasil foi publicada hoje na Europa no Journal Of Lllicit Economies and Development e na revista London School of Economics
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QUANDO O ILEGAL VIRA LEGAL
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1 – A visão do pesquisador
Os Pesquisadores Luiz Guilherme Paiva, Gabriel Feltran e Juliana Carlos apresentaram seus estudos sob a chancela da Universidade Federal de São Calor e do Centro de Estudos de Metrópole, com uma estória com um protagonista chamado Samuel. que começa como um garoto de uma comunidade pobre de São Paulo e sua trajetória no mundo da venda de drogas, onde consegue faturar e assim o estudo mostra como ele transforma o dinheiro ilegal em legal.
Conta como ele ganha seu primeiro dinheiro e compra bens de consumo em shoppings depois parte para roubos de carros e venda de drogas pesadas.
Cita também a linha de tráfico entre Brasil e países africanos, ilustrando com base em sues dados empíricos, a venda de produtos roubados, a forma de lucro de seguradoras e logas, vendedores, além da pressão sobre a repressão policial que esse pessoal sofre.
O link da publicação que foi publicada hoje na Uol aqui no brasil está aqui. Só clicar AQUI e ler.
2 – A mesma ladainha de sempre
O que acho interessante, baseado no publicado na Uol, não li o estudo inteiro, é que mais uma vez os acadêmicos partem na defesa de forma atabalhoada para os fora da lei.
A tentativa de vitimização de quem não cumpre a lei, quem acha um atalho na vida passando por cima de tudo que é importante para o resto da população, mais uma vez é visto neste estudo.
Ele até cita que o personagem principal está no meio de trabalhadores. Mas ele não teve a opção de optar por ganhar seu dinheiro honestamente, por que isso dá muito trabalho. Acordar cedo, pegar 4 conduções, por quase 3 horas para chegar ao trabalho e depois a mesma rotina na volta, realmente é ruim. Mas é honesto. E conheço muita gente que faz isso com gosto.
Não consigo entender por que esses trabalhadores não são alvos de elogios e vitimização por acadêmicos, que insistem em defender quem anda fora da lei.
Que os governos são terríveis isso não é novidade. Todos são omissos para as pessoas que necessitam de apoio. Mas somente uma minima parcela dessas pessoas, andam fora da lei.
A grande maioria trabalha e trabalha muito. Mas não são defendidos.
Também não entendo em colocar sempre o bandido com alguém que veio das camadas mais necessitadas. Isso é puro preconceito. Nem todo bandido tem origem pobre. Aliás, os grandes bandidos desses país tem berço.
O interessante é que o estudo tenta jogar para outros meios, o lucro e a viabilidade dos crimes, deixando de fora o grande fator, que são os consumidores de drogas.
Não aqueles da cracolândia, mas aqueles que tem dinheiro pra isso, com festas regadas a muita cocaína, e baladas com as novidades em entorpecentes com acessos exclusivos, não disponíveis para pessoas comuns. Só pra quem tem muito dinheiro mesmo. Isso não foi citado no estudo.
3 – Por que defender?
Mas falando do estudo dos pesquisadores, a tentativa de vitimização é tanta que apresenta dados impossíveis, com erros grotescos como por exemplo o roubo de carros, que são vendidos na Bolívia e ao mesmo tempo as seguradoras lucrando com isso.
Colocando em lojas no shopping a responsabilidade pela legalização do dinheiro roubado, culpando o capitalismo e o livre comércio pela prosperidade do crime.
Mas é compreensível que no país em que nossos representantes, nossa classe politica e judiciária propicia escândalos diários, com acusações, indiciamentos, e tudo mais que envolvem roubos e falcatruas, é de se esperar que estudos venham defender os bandidos.
O mau exemplo começa de cima e se espalha em todos os segmentos.
Nós aqui, aqueles que tem que trabalhar para pagar essa palhaçada toda, vamos continuar trabalhando.