
“Três pontos” que são difíceis de entender…
Não que consigamos entender tudo neste nosso país no dia a dia. Mas hoje tenho que expor as minhas dúvidas mais espúrias.
1 – Onde está a base do governo?
Por seis horas o ministro da Economia Paulo Guedes, que é afeto de muito gente, muito ao contrário, mas ficou exposta a pequena, barulhenta e provocativa bancada da oposição, detonando o ministro, perturbando, atrasando o andamento a explicação, mas como diria uma antiga professora, pintaram e bordaram na sessão da previdência.
E a base governista? O que deu pra sentir é que não existe. Não houve intervenção, rebates, a partes, nada que pudesse ajudar o ministro em seu calvário de tentar explicar a necessidade da reforma da previdência para um grupo que estava preparado para não ouvir nada e ser contra tudo.
Até que o filho de José Dirceu, aquele sindicalista que foi deportado na DITADURA MILITAR, fez plástica para não ser reconhecido e voltou ao país vivendo disfarçado no paraná, um “exemplo de coragem”, ofendeu o Ministro chamando de Tigrão e Tchuchuca. Termos perfeitamente aceitáveis dentro do decoro parlamentar, ao meios que o deputado deve estar acostumado.
Ai a coisa ficou feia, confusão generalizada e acabou a festa. Como todo boa festa de gente boa, acabou em briga.
O que deixa estarrecido é que não houve atuação da base. onde está a base? Tem base? Do jeito que está não consegue votar nada. Governo precisa abrir o olho, estender a mão e começar a arrumar parceiros no congresso. Afinal, com o nosso modelo o legislativo tem força igual ou maior que o executivo. Ou façam como Getúlio Vargas que fechou o congresso na DITADURA GETULISTA, de 1930 a 1945.
2 – Por que Israel?
É uma pergunta real e legítima, sem má intensão de alguém que não entende o por que tanto se fala em Israel. Desde a candidatura do presidente, “nunca antes na história” parafraseando o condenado de Curituba, ouviu-se falar tanto de Israel.
Esse país com a população de 8,5 milhões de habitantes, ou seja, menos que a população da grande São Paulo, não aparece em nenhum ranking de negociação do Brasil e nem em país algum. Aliás não é de bom tom para quem gosta de negociar com os países árabes e asiáticos, manter relações muito próximas com este país.
Diplomacia sem duvida é muito importante. Mas acredito que o normal, considerando a situação do país que está precária, sem empregos, seria partir para cima dos países parceiros comercialmente. Tantos os que compram nossos produtos, como a China, que é o maior comprador, ou Holanda, México, ou mesmo grandes fornecedores que poderiam montar suas produções aqui, gerando mais empregos, como Alemanha, França, e Coreia do Sul que já tem algumas fábricas por aqui como Samsung e Hyundai mas poderiam aumentar sua atividade,
Não estou criticando a politica externa, pois sei que é muito recente o novo governo, mas queria entender por que não dá prioridade aos países que podem aumentar seus negócios aqui, ao invés de um país que não vai, pois não tem nem população para aumentar seus negócios com o Brasil.
3 – Vai mudar mesmo a história?
Não consigo entender certas coisas. Sarney ordenou que fosse retirado dos anais da história do governo as peripécias de Fernando Collor de Melo. Não adiantou nada, pois todo mundo sabe o que realmente aconteceu. Agora O MEC, que mantem um sistema educacional exemplar neste país, não tem nenhum outro problema para resolver, pois tudo funciona como um relógio Suíço. Vai alterar a história informando que não houve golpe em 1964. Eu sinceramente não entendo nada, mas se a afirmação deles estiver correta, de que foi cumprida a constituição, alguém avise o ex presidente João Gular que ele não foi deposto, foi feita uma eleição popular, como era dizia a constituição que o presidente seria eleito pela maioria popular, no meio do mandato dele, e eleito o Marechal Castelo Branco, e depois através de eleições populares mais cinco militares. Aos Prefeitos e Governadores impostos pelos militares nos estados, não teve também, foi vontade do povo parar de votar nas cidades estratégicas. O Senadores e deputados Biônicos, não foram impostos pelos militares, foram um favor que fizeram, pois o povo estava com preguiça de votar, então ele colocaram lá. Também não teve censura, foi mais uma questão de alinhamento de informações. E não teve o milagre econômico com dinheiro emprestado de bancos internacionais, que deixou a maior divida externa que o pais já teve, com uma inflação que só foi resolver no plano real. Nada disso existiu.
Ai quando o pessoal chegar na escola vão perguntar: – Tem merenda? – Não, mas o MEC tem novidade, não teve ditadura militar.
Anselmo Duarte
Psicanalista, Escritor, Jornalista, Palestrante e Engenheiro.
Autor de livros de auto ajuda e Romances policiais, atuante em palestras na busca do autoconhecimento e da valorização da saúde mental
https://www.facebook.com/anselmoduartepsic/
anselmoduarte.com