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Três pontos – Quando o incentivo atrapalha?

O outro lado do incentivo.

O Incentivo com segundas intensões

O incentivo na hora errada

Ontem o assunto foi a força do incentivo, a importância da torcida.

Mas com toda razão muitos comentários chegaram contradizendo que as vezes o incentivo pode atrapalhar.

Vamos entender esta dinâmica.

O OUTRO LADO DO INCENTIVO

1 – O Incentivo com segundas intensões

Certamente quando usamos o termo “segundas intensões” dá a impressão que existe algo de ruim por trás.

Primeiramente deve ficar claro que nem sempre a intensão por trás é necessariamente ruim. Ela pode ser bem intencionada sim.

Contudo, quando está por trás de incentivos, independente do teor da intensão, bom ou mal, pode atrapalhar.

Sobretudo quando a necessidade de resultado coloca sobre a pessoa executora, uma pressão desproporcional.

Como se fosse culpa do executor que o mal resultado acontecesse. E com ele consequências para terceiros.

Este tipo de pressão nunca ajudou ninguém. Da mesma forma que a falta de incentivo prejudica, dessa forma é pior.

Fazer algo quando se tem o ônus do mal resultado como sua culpa, realmente faz com que a tarefa tende ao fracasso.

Como por exemplo um vendedor quando sai para fechar um negócio e for colocado a seguinte informação:

“Se você não vender, vamos falir.”

Acredite ou não eu já ouvi este tipo de comentário, mais de uma vez.

Uma transferência de responsabilidade absurda, que segundo a pessoa que disse, foram palavras de incentivo, por que ele complementou:

“Se você não vender, vamos falir. Então dê o seu melhor e boa sorte”.

Acredite ou não o patrão entendia isto como um incentivo e não como um soco no estômago.

Este tipo de incentivo realmente só atrapalha a quem está executando uma tarefa.

2 – O incentivo na hora errada

Com o propósito de incentivar, com a melhor das intensões, você pode atrapalhar se for colocado em momento impróprio.

De maneira idêntica, muitas vezes o incentivo pode ser um constrangimento para o executor.

O excesso de zelo ou a insistência de manifestar que está dando incentivo a uma pessoa, pode ser prejudicial.

Mesmo com o propósito de incentivar, esta interferência pode ter consequências trágicas, quando colocadas em momento errado.

É exemplo muito claro é o incentivo materno. Existem casos, sempre relatados em filmes ou séries, em que o excesso do incentivo atrapalha o desenvolvimento.

Uma série na Netflix chamada Great News, onde uma jornalista que teve toda a sua infância extremamente protegida pela mãe, agora luta para conseguir o seu espaço dentro da empresa que trabalha.

Claro que o enredo envolve muita coisa, pois a proposta é ser cômica, mas em vários episódios é possível notar o incentivo excessivo de sua mãe, agindo de forma muita bem intencionada, atrapalhando o desenvolvimento.

Isso fica claro quando a mãe entra para trabalhar na empresa como estagiária e interfere diretamente no dia a dia da jornalista.

3 – O meio termo

Sei que falo muito nesta proposta de Aristóteles, que tem origem para um conceito politico.

Com o intuito de fazer algo de muito bom, comumente ultrapassamos o limite.

De fato, é muito difícil perceber quando estamos extrapolando. Quando nossa interferência é nociva.

Apesar de sempre bem intencionada, tudo pode pender para o lado ruim.

O ideal sempre é ponderar. Consciência do que está fazendo ou pedindo, e dar apoio até o  necessário.

Vamos sempre com calma para que nossa boa intensão não atrapalhe o resultado final.

 

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