Foi aqui também que aprendi sobre cidadania e participação popular, vivi momentos de muitas alegrias e de muitas tristezas. Vivi momentos de muita fé. Vi muita gente nascer e muita gente morrer.

Tive uma infância e uma adolescência sofridas, pobre, de muitas privações. E nisso me assemelho muito com essa cidade, com o povo dessa cidade, migrantes ou cotianos natos.

Não escolhi morar em Cotia mas escolhi ficar. Decidi que iria usar de meus conhecimentos, minha profissão aqui, por acreditar que apesar de tudo, é possível. E nisso, mais uma vez vejo a minha semelhança com o povo dessa cidade que hoje também chamo de minha, um povo que também chamo de meu!

Obrigada Cotia, obrigada povo de Cotia que me acolheu, que me acompanha, que acredita no meu trabalho, que me critica, que me ajuda a seguir em frente, que caminha comigo mesmo que muitas vezes os caminhos sejam tortos e cheio de espinhos.

Vamos em frente e juntos ainda colheremos muitas flores na “cidade das rosas”.

E como diria Clarice Lispector uma de minhas escritoras preferidas e inspiradora,   “Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.  Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.”

Parabéns Cotia, parabéns povo de Cotia!