O primeiro satélite artificial da Terra foi lançado pela União Soviética do Cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão, há  mais de 60 anos. O sucesso da missão soviética gerou uma crise entre os norte-americanos e deu início à corrida espacial, em plena guerra fria. Apesar da tensão criada, o sputnik foi responsável pelo desenvolvimento tecnológico nas comunicações.

Mas você sabia que Cotia também já teve seu Sputnik?

Na década de 60 um grupo de amigos “cientistas” e muito sarristas de Cotia teriam se inspirado no verdadeiro foguete soviético para a construção do modelo cotiano, que nunca decolou. O senhor Viviani  que morreu em junho de 2016, foi um dos fabricantes da nave. “Os mentores da façanha de lançar o foguete em Cotia tinham mais de trinta inventos, inclusive o conserto de lâmpada. Harayuky Yano, Osvaldo Manuel de Oliveira (Osvaldão) e Calil Nicolau, foram os cientistas que lideraram a construção da espaçonave orçada no valor de 5 mil cruzeiros, dinheiro da época”.

Depois de pronto, o foguete ficou exposto na Praça Joaquim Nunes, centro da cidade, por 30 dias, recebendo visitantes de todos os lugares. Dizem que espiões americanos e russos ficaram de olho no projeto para rouba-lo.

Tudo na verdade foi uma grande brincadeira. A história real, mas pouco contada sobre o Sputink de Cotia é que o grupo,  seria de oposição ao prefeito da época, Emilio Guerra, que iria inaugurar uma ponte na cidade e eles então resolveram boicotar a festa e desviar a atenção do público. E conseguiram.

Essa história está contada no livro Memória & Imagem, lançado nos anos 90, do Professor Marcos Martinez, colaborador deste blog. E inspirou em 2013, a produção de um curta metragem pelos alunos do curso de roteiro da Secretaria de Cultura, grupo do qual eu fiz parte.