
As experiências mais dolorosas da vida devem ser enfrentadas com confiança e fé
Não falo de crença, nem de religião. Falo de fé, confiança, atributos espirituais que são fundamentais em um momento de crise na vida. E para exemplificar, neste artigo relato uma experiência pessoal
Antes de mais nada, é necessário esclarecer que esse título não remete a nenhuma religião em específico. Não afirmo que para enfrentar as experiências mais dolorosas da vida é necessário ser evangélico, católico ou membro de qualquer outro seguimento religioso. Eu falo de fé, confiança e esses elementos não necessariamente estão ligados a religiões.
Mas vamos aprofundar um pouco nessa reflexão. Todos nós já passamos por momentos desafiadores na vida, por experiências dolorosas e que deixaram suas marcas. Nessas horas, uma ajuda médica especializada se for necessária, a presença de pessoas queridas e todo e qualquer tipo de afeto faz bem. Mas acreditar em algo superior, em uma energia que te envolve e que eleva seus pensamentos e sentimentos, que sustenta e te dá coragem, também são fundamentais para o seu reerguimento.
E aqui não importa se essas dores forem físicas, psicológicas, de ordem social, material e/ou espiritual. Acreditar em uma força ‘extra-física’ ou ‘extra-material’ em um momento delicado, onde, muitas vezes, você estará sozinho, te faz mais forte e confiante.
A força do pensamento (leia-se confiança e fé) é eficaz. Mas ela, por si só, não traz efeitos curativos. É um erro depositar a sua recuperação à força do pensamento, exclusivamente. Sim, ela é fundamental, mas o auxílio da medicina é insubstituível. Conhecem aquela história do doente que pediu ajuda a Deus e Deus, por sua vez, lhe enviou um médico? Então, é mais ou menos assim que funciona.
Em 2015, passei por uma experiência dessas. Fiquei internado por dois meses com derrame pleural (água nos pulmões). Um processo infeccioso inespecífico era a causa do meu problema, mas nenhum médico, de cinco especialidades, conseguiu descobrir o que eu tinha, de fato.
No início, a revolta tomou conta do meu pensamento e sentimento. Não aceitava estar naquelas condições, sem saber se sairia daquela vivo ou não. Detalhe: minha esposa estava grávida de seis meses, fato que agravou ainda mais a minha perturbação.
Para resumir, passando essa fase de revolta e após visitas e muitas orações por mim, eu resolvi aceitar aquela minha condição. Também mudei minha forma de pensar: confiei que sairia daquela situação.
Passadas algumas semanas meu estado de saúde começou a melhorar, gradativamente. Meu organismo reabsorveu todo o líquido que estava não só nos pulmões, mas havia se espalhado por todo o meu corpo. Tive alta. Hoje, após quase quatro anos deste episódio, ainda não sei o que eu tive, pois nenhum médico descobriu a (s) causa (s).
Fé e confiança não são sinônimos de cura, mas podem auxiliar em qualquer tipo de tratamento. Temos que acreditar mais nessa energia do Universo que nos envolve. Não importa o nome que se dá, importa é você acreditar para além do que seus olhos podem ver ou que seu corpo pode sentir.