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Volta às aulas

O anúncio dos Estados e Municípios da volta às aulas presenciais nas próximas semanas, provocou certa insegurança e medo nos pais em mandar seus filhos à escola. Os pais têm toda razão em estarem inseguros. O Brasil é o segundo país do mundo em número de vítimas pela Covid-19.

O Brasil já registrou 90 mil mortos e está caminhando rápido para a cifra significativa de 100 mil, e mais de dois milhões e meio de infectados. As previsões não são nada otimistas. A média diária de mortos chega a mais de mil e tem assustado o país e provocado muita incerteza na população.

Olhando para o mundo, a onda da pandemia já infectou mais de 15 milhões de pessoas. Deste total, 10 milhões dos infectados estão na Índia e nos EUA. Os EUA detêm quatro milhões de doentes. Os dados são alarmantes e a Covid-19 globalizou-se há tempos. O total de mortos no mundo chega a mais de 620 mil.

As modalidades de ensino no Brasil assistem alunos que vão da creche ao Ensino Médio. Todos os alunos voltariam às aulas de uma única vez? Os alunos das creches (de 0 a 3 anos)? Os alunos da pré-escola (de 4 a 5 anos)? Os alunos do Ensino Fundamental l e ll (de 6 a 14 anos)? Os alunos do Ensino Médio (de 15 a 17 anos)? Quem voltaria primeiro?  Não podemos nos esquecer dos alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e dos alunos da Educação Especial.

Ora, o desafio não é apenas sanitário, mas também pedagógico e logístico. A volta deste sistema imenso conta com dois milhões e meio de professores, sem contar com funcionários administrativos e operacionais das escolas. Não são apenas números, é gente que tem família, e muitas estão impactadas com a morte de entes queridos. Como voltar às aulas neste momento?

Com a súbita chegada do coronavírus-19, municípios e estados implantaram o ensino remoto ou emergencial (ensino à distância). Porque não os manter até o final do ano, mesmo sabendo da sua precariedade, da sua ineficiência? Teríamos um tempo maior para organizar uma avaliação diagnóstica em relação ao aprendizado dos alunos.

Elaborar projetos de recuperação. Pensar em saídas, sem correria. Sabemos que os alunos que vivem em estado de vulnerabilidade social já estavam perdendo e perderão mais ainda com a pandemia. Os projetos de recuperação destas crianças têm que ser sérios e eficientes.  Vidas humanas salvas valem muito mais do que um ano letivo perdido.

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