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Banimos os canudos mas ainda temos muito a aprender sobre Meio Ambiente

Cotia foi a primeira cidade do Brasil a criar uma lei que proíbe o uso de canudos plásticos nos bares, restaurantes e outros estabelecimentos.  Vale registrar que a incentivadora da criação desta lei foi a jornalista e diretora da Revista Circuito Gabriela Napolitano.

Aqui em casa, os canudos foram abolidos já algum tempo. Dona Laura, minha mãe, ficou muito assustada ao assistir uma reportagem em que as tartarugas marinhas e outros animais apareciam mortos devidos aos canudos descartados incorretamente.  No mesmo dia ela deu fim aos canudos aqui de casa. Viraram uma espécie “decoração”, talvez para nos alertar sobre seus malefícios.  Coisas de mãe, sabem né? Mas a minha, com toda sua simplicidade é uma gênia, sempre muito antenada.

Os canudos aqui de casa viraram “enfeite”

A lei foi criada há um ano.  Rio de Janeiro foi a segunda cidade, depois Carapicuíba e outras cidades também aderiram. Mais recentemente virou lei em todo o Estado de São Paulo.

Agora, segundo a prefeitura, os fiscais da Secretaria de Indústria e Comércio de Cotia visitam os estabelecimentos comerciais para orientar os responsáveis sobre a Lei.

A  fiscalização não começou de imediato para não haver prejuízo para os comerciantes. Foi o que justificou a prefeitura de Cotia. “Grandes redes se adequaram imediatamente, mas os estabelecimentos menores teriam dificuldade. O objeto não é punir, simplesmente, é construir uma nova consciência, é convencer a sociedade de que precisamos de formas alternativas de consumo que agridam menos o meio ambiente”, disse o prefeito Rogério Franco em texto divulgado pela Prefeitura.

De acordo com os fiscais, é comum, durante as abordagens de orientação, os estabelecimentos já terem se adequado à legislação. “Em Cotia, o canudo de papel já está presente em diversos locais”, disse Alexandre Bracale, fiscal.

Alguns estabelecimentos, como é o caso da Pastelaria Nippon, no Mercado Municipal baniu o canudo de vez. “Soubemos da lei e a determinação foi que tirássemos os canudos de uma forma geral. Não fornecemos nenhum tipo de canudo”, disse Celsia Vieira.

Já na lanchonete do Sacolão Saúde os canudos fornecidos são de papel. “Alguns clientes estranham, mas agora é esta a realidade. Infelizmente, o custo é maior, então a nossa ideia é eliminar ao máximo copos que precisem de canudos, como aqueles com tampinha”, disse José Jair, gerente do local.

Fiscais da Prefeitura visitam estabelecimentos (Vagner Santos / PMC)

Eu particularmente dispenso os canudos quando algum estabelecimento me oferece. E você também pode fazer o mesmo e assim vamos também dando nossa contribuição.

“Cotia saiu na frente mais uma vez e demonstra a sua preocupação com o meio ambiente. O prefeito deixou claro que a ideia não era punir e sim conscientizar. A punição é uma consequência, prevista na lei, mas que não está no foco neste momento”, disse Moisés Cabrera, secretário de Indústria e Comércio. Segundo ele, o trabalho de conscientização seguirá pelas próximas semanas, antes da fiscalização de fato.

Danos ambientais

A sociedade mundial está tão habituada ao uso do canudo de plástico que, muita gente, nem para e pensa no impacto ambiental em consequência de sua produção. Feitos com polipropileno e poliestireno, os canudinhos não são biodegradáveis e podem demorar até mil anos para se decompor no meio ambiente, bem mais tempo do o seu prazo de uso, já que, em média, cada canudo é utilizado por apenas quatro minutos.

Os canudos vão parar nos rios, nos mares e causam um grande prejuízo, tanto por ficarem séculos poluindo o meio ambiente até ser decomposto e, o mais grave, fere e mata milhares de animais, especialmente os marinhos

Exemplo de preocupação ambiental?

Para o Secretário de Meio Ambiente e Agropecuária, Gustavo Gemente, Cotia dá exemplo de preocupação com o meio ambiente. “A formatação de políticas públicas que protejam os recursos naturais e as espécies de animais é tendência mundial. Cotia abriga uma imensa área verde, área de manancial e uma riquíssima fauna que precisa ser protegida”, disse.

É verdade, Cotia mitou sendo a primeira cidade a abolir os canudos. Mas ainda não somos exemplo de preocupação com o Meio Ambiente como disse o Secretário. Temos muito a aprender. Se quer conseguimos a certificação de Município Verde Azul, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo que avalia as ações ambientais das cidades e as melhores pontuadas têm prioridades na obtenção de recursos.

Para tanto,  precisam seguir ações propostas pelo programa, que conta com dez diretivas norteadoras da agenda ambiental local e abrangem os seguintes temas estratégicos: Município Sustentável, Estrutura e Educação Ambiental, Conselho Ambiental, Biodiversidade, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Uso do Solo, Arborização Urbana, Esgoto Tratado e Resíduos Sólidos.

O ranking acontece desde 2007 e a cidade só vem despencando na pontuação.  Em 2018, obteve 22,6 pontos ficou com a 271ª posição estadual. A pontuação vai de zero a 100, sendo necessário o mínimo de 80 pontos para receber a certificação.

Mas não depende apenas da Prefeitura cuidar da nossa fauna, flora e proteger nossa floresta.

Sim temos uma das mais belas florestas do Brasil, tanto que foi tombada pelo Patrimônio Histórico, a Reserva Florestal do Morro Grande.

Cada um de nós tem que fazer a sua parte. Seja não usando os canudos plásticos ou aquelas sacolinhas dos supermercado, seja descartando corretamente o nosso lixo, afinal os canudos, as sacolas, as garrafas pets não vão parar nos rios, nos oceanos  e dentro da Reserva do Morro Grande por vontade própria.

Eu não sou especialista em Meio Ambiente mas tenho certeza de que se não nos atentarmos para essas “pequenas questões” a nossa imensa área verde que precisa ser protegida, pode não resistir.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Cotia

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