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Uma reforma é preciso

Eu ainda não tinha entrado nesse assunto porque sinceramente não é um tema que domino e costumo dizer que só abro a boca quando tenho certeza.  Mas depois de acompanhar tantas discussões e também de ouvir  Guilherme Boulos  na semana passada (leia aqui) , resolvi também me manifestar. Não podemos ser hipócritas ou irresponsáveis a ponto de dizer que não se deve mexer no sistema de previdência do país. E nem precisa ser economista para entender que de fato é preciso fazer essa reforma para a saúde financeira do Brasil.

Mas alguém tem que pagar essa conta. E não pode ser de novo, como sempre os mais pobres.

Por outro lado, é importante dizer que essa necessidade não surgiu agora, neste governo ou no governo do golpista Michel Temer. E por que ninguém fez? Porque é impopular, porque pra fazer direito tem que mexer com o bolso de muita gente. Porque é difícil chegar a um consenso, se cria inimizades políticas, perde-se eleitores, perde-se emendas parlamentares para a manutenção das bases eleitorais.

Longe de mim defender o desgoverno fascista de Bolsonaro. Mas não podemos fechar os olhos. Lideranças de oposição ao governo atual vão para as ruas e  redes e sociais defender que são contra a reforma, no entanto não estão apresentando alternativas. A única preocupação do PT neste momento, aliás há um ano é o “Lula Livre”. E a única preocupação dos aliados do governo e dos bolsominions é o “Lula preso”. Enquanto isso a fila dos desempregados aumenta, a gasolina aumenta, o gás de cozinha aumenta, o preço do feijão, da feira aumentam. Estamos esperando a Reforma da Previdência…

Vale dizer que principal partido de oposição ao governo, o PT esteve no poder por 12 anos – e nem vou considerar o segundo mandato de Dilma Roussef pois ela desde o início não teve a menor condição de governar.

O presidente Lula, hoje preso pela Lava Jato em Curitiba,  poderia ter ao menos iniciado essa discussão. Tinha popularidade entre todas as faixas da sociedade – trabalhadores, empresários, políticos, tinha condições de dialogar. Mas não colocou o tema na pauta. Por medo? Covardia? Por incompetência?Falta de interesse? Para não se indispor com seus eleitores?

O fato é que o PT e seus aliados perderam o “timing” da discussão e agora é tarde demais.

Tarde demais para dizer que é contra a Reforma da Previdência. E se ela não passar, além de ficarmos livres do Paulo Guedes (que já vai tarde), não terá sido por força da oposição petista, socialista ou comunista…

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