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Três pontos: Liberdade de Expressão

Três pontos de hoje falam sobre as peripécias do presidente do STF, o famoso atual Toffoli que Congregação Israelita Paulista, que declarações interessantes.

1 – Liberdade de expressão

O ministro diz que um pais democrático deve ter uma imprensa livre, mas tem que ser dentro dos parâmetros da Constituição. Ou seja, a imprensa deve ser totalmente livre pra falar o que quiser, com tanto que não fale mal do STF.

O pessoal com menos idade não vai lembrar, mas foi assim durante muito tempo, ao menos de 1964 a 1986. A imprensa era totalmente livre com tanto que não falasse do governo.  Um comportamento típico de intolerantes. Basear na Constituição é uma afronta a inteligencia dos brasileiros, falo daqueles que já leram a constituição, pois lá está :

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Seguimos para o item que fala sobre expressão:

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Acho que qualquer pessoa com o mínimo de discernimento interpreta este artigo e o item da expressão sem dificuldades, onde fica claro que não existem para expressão de pessoas ou imprensa.

Fica clara a intensão de censura e opressão a quem quiser se manifestar contra um órgão que é pago com os impostos que nós pagamos, e por tanto temos o direito de criticar.

2 – Usando a máquina.

Da mesma forma que aconteceu em nosso país em dois momentos específicos, de 1930 a 1945, depois de 1964 a 1986,  a máquina está sendo usada para cumprir as vontades de alguns mandatários. Revistas eletrônicas são fechadas pelo Ministro Alexandre de Moraes como a Crusoé e O Antagonista, que são polêmicos, muitas vezes distorcem noticias, os famosos fakes, mas que atire a primeira pedra a imprensa que nunca fez uma besteria.

Mas mesmo que a noticia seja mal apurada, mal feita, com erros de ortografia, sem mostrar os dois lados, sem qualquer critério que, quando dá algum problema, os apresentadores adoram vangloriar-se, não são impedidas de circular.

O que pode ser feito sem dúvida nenhuma é processar criminalmente a empresa ou o jornalista que tenha feito ou dito algo que incomoda qualquer autoridade, ou pessoa. Mas impedir que ela fale, isso não é aceitável.

Barrar noticia, fechar empresas isso é coisa de opressores. E o que mais impressiona nesta ação que está sendo desenvolvida pelo Ministro Alexandre de Moraes, é que a instituição que deveria resguardar a liberdade de todos os cidadãos em todos os sentidos, assim como a expressão, estão fazendo uma caça as bruxas.

Quem deveria nos proteger está nos perseguindo. É uma situação tão horrenda que daria para comparar a pedofilia em uma família, onde o pai que deveria proteger, está abusando da filha.

3 – Justificando o injustificável.

“Liberdade de expressão não pode servir à alimentação do ódio”

Uma bela e complexa frase que pode ser amplamente interpretada da forma como quiserem, já que podemos entender por ódio, uma gama de conceitos dependendo do ponto de vista.

A frase que foi dita dentro da sociedade israelita, que remete a um povo que não concorda com os preceitos dos cristão brasileiros. Muitos classificam como ódios do judeus aos cristãos, assim como outros classificam ódio dos cristãos para com os judeus.

Para os católicos que elegeram uma padroeira, pode ser entendido como ódio pelos cristão não católicos, adoram uma imagem encontrada no fundo de um rio. Isso já deu mundo assunto. O conceito de ódio é muito relativo. Não se pode nomear um ato ou sentimento como ódio sem que analise a origem, o ponto de vista ou qualquer outa base para que este sentimento seja classificado.

Ódio é relativo, amor é relativo, sentimentos são relativos e não tem cabimento serem utilizados como desculpa para ações de déspotas togados.

Isso lembra uma situação onde um politico em ascensão pregando que o congresso era uma horda de fracos e covardes que não deveriam jamais deveriam ser ouvidos ou respeitados. Ela pregava o amor pela sua pátria, seu compromisso com a verdade e que, o ódio partiria de todos aqueles que não compactuavam com suas ideias. De forma simples, muito simples, mais simples que se possa imaginar, convenceu um povo instruído e culto que o ódio partia daqueles que estavam contra as suas ideias.

Acho que já deu pra entender que o ódio é uma questão de ponto de vista.

Anselmo Duarte
Psicanalista, Escritor, Jornalista, Palestrante e Engenheiro.
Autor de livros de auto ajuda e Romances policiais, atuante em palestras na busca do autoconhecimento e da valorização da saúde mental
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anselmoduarte.com

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