
Três pontos – Cala a boca imbecil.
Três pontos de hoje falam de ações que não fazem falta nenhuma nem agregam nada à nossa vida. Também são chamados de imbecilidades.
1 – Alexandre Moraes revoga censura.
Quando eu estudava, em várias fases da vida, eu sempre ouvi de meus mentores, mesmo aqueles que nunca foram exemplo pra ninguém (professores nunca foram perfeitos), que você deveria manter uma coerência profissional. Seria mais ou menos a coisa de manter a linha ou um equilíbrio entre sua vida profissional e particular. Coisas simples como manter sempre uma dieta e livre de drogas se você é atleta, ou se for trabalhar em algo que exija a sua habilidade motora, fique longe de esportes radicais e por ai vai. Mas se você é entusiasta de algo que não condiz com a coerência de sua profissão e vida particular, que faça de forma comedida.
Como sempre existe uma analogia popular para isso. Neste caso é: “Não vai cagar de porta aberta”.
Acho que os Ministros do STF nunca tiveram essas orientações, tanto que já retiraram a porta. Não basta a impopularidade de suas ações, que são constantemente são motivos de discórdia da população, criando uma descrença no trabalho da instituição, uma descrença perigosa naqueles que seriam os pilares da democracia, com grandes desconfianças, denúncias de propinas por empreiteiras como já caiu sobre Gilmar, Lewandowski, e agora em Tóffoli que usaram da máquina e posição para rebater, mas a gente não deixa esquecer.
Agora dão esse show de crise de pelanca, mandando fechar revistas, caçar todo mundo que falar mal, pra depois voltar atrás.
Sim, não acabou, ainda vão trabalhar nas investigações, mas é muita palhaçada criar este mal estar todo na imprensa, aumentar a sua impopularidade de forma proposital. Quando você faz alguma coisa errada que te prejudica, normalmente é sem querer, não é de propósito. E ainda você costuma tomar decisões sozinho sem amparo de mais 10 ministros togados, com vasta experiencia de vida (era pra ser).
Difícil aceitar imbecilidades desse montante, vindo de onde vem.
2 – Adilson Durante Filho.
Guarde esse nome pois é um exemplo de imbecil modernista.
O elemento é conselheiro de um dos times que mais representa a diversidade e a pluralidade das etnias de nosso país quando excursionou pelo planeta levando o futebol arte que um dia tivemos, soltando um áudio dizendo que: mulato é mal caráter.
Nos dias de hoje você classificar uma pessoa pela cor da pele, sexualidade, origem, ou qualquer outro fator que nos torna prazerosamente essa homogeneidade tão complexa, tão diferente, que nos permite a individualidade, só pode ser classificado como imbecil.
Somos cada um em grupos semelhantes, mas nunca iguais.
A declaração do Conselheiro do clube da baixada deve ser motivo de punição conforme a lei, que impõe sansões sobre racismo. Isto sim é um ato que deve ser punido e banido de uma sociedade que é composta de tudo que é mais lindo no ser humano. A diversidade. Somos diversos, únicos, somos a própria definição da palavra variedade.
Não dá mais para aceitar pensamentos imbecis como a classificação de caráter pela cor da pele. Nem vou citar outras para não incentivar essas besteiras.
Só vou ficar indignado com a declaração dele, esperando que as autoridades tomem providências contra este mal caráter. Ele sim é um mal caráter.
E por aqui ficamos ofendidos com a declaração que ele fez posteriormente, onde classifica todos os brasileiros como burros, quando diz que sua declaração “não teve a intensão de ofender ninguém”(vtnc).
3 – Comemorando o dia do Índio.
Me lembro quando criança que comemorávamos o dia do índio nas escolas em 19 de Abril, caracterizando com pinturas e adereços, recitando poemas, jogral de textos que falavam de algumas tribos e tudo que a imaginação de nossa professora pudesse criar.
O dia do índio foi instituído por Getúlio Vargas em 1940 em atendimento a uma convenção que houve no México de grupos indígenas da América do sul, mas que os nossos índios não quiseram ir. Para compensar foi instituído o dia em homenagem, já que o dia Internacional do índio, instituído nesta convenção é 9 de agosto. Essa informação é só para esclarecer aqueles que dramatizam as coisas dizendo que é um dia de comemoração da luta dos índios pela liberdade. Não teve luta nenhuma.
Hoje em dia está difícil fazer qualquer coisa. Segundo uma matéria no G1, onde um artista e um ativista de origem indígena, falam sobre o 19 de abril, que não se deve caracterizar crianças, ou falar sobre índios. Que tudo que se fazem comumente nas comemorações do dia, não é homenagem e sim racismo.
Diz que até os anos 70 e 80 o índio era visto como alguém que precisaria de tutela, como alguém incapaz. Que o índio de hoje não tem mais nada daquele de 1500. Ele diz:
“Muitas vezes algumas pessoas não reconhecem os índios como eles são atualmente, porque acham que somos como foi reproduzido nas escolas e na televisão: um índio nu, vivendo na natureza. E isso não é mais realidade. Meu poema foi para falar sobre isso, de olhar para o índio de 2019 e não mais para o de 1500”.
Mas ai que eu não entendo. Quando comemoramos o dia de alguma coisa, não tem a ver com o que é atualmente e sim com o fator histórico. Dia da proclamação da república remete ao fato de novembro de 1889. Dia da independência remete ao ocorrido em setembro de 1822. A comemoração é para se lembrar exatamente o passado e não o presente. O presente vivemos.
Com certeza esse rapaz é contraditório. Primeiro que ele não considera a importância de personagens de índios mais recentes como Mario Dzuruna Butsé, mais conhecido como Deputado Mario Juruna. Um grande politico que trabalhou em pró dos índios em toda sua carreira.
E se contradiz ao dizer que o índio era considerado incapaz e solicita que olhem para os índios hoje em dia. Não precisam olhar para os índios de hoje, por que são pessoas como qualquer brasileiro.
O que tem que deixar claro que o “homenageado nesta data são os índios de 1500” sim, aqueles que na época do descobrimento foram surpreendidos por povos de outra realidade. Um choque cultural muito grande que hoje em dia já foi superado.
Em todo pais a lembrança de povos pioneiros ou acontecimentos importantes são celebrados com a caracterização, fantasias, musicas, comidas, e tudo mais que se pode ser feito.
Mas aqui no pais do “politicamente correto” é complicado fazer qualquer coisa.
E assim vamos esquecendo de nossa história e perdendo raízes, deixando dias de lembranças como 9 de Janeiro, o dia do Fico, 21 de Abril da Inconfidência, 22 de Abril do Descobrimento, 13 de Maio da Lei Áurea e 22 de outubro do Folclore. Temos muito mais, que vão se perdendo e desmemoriando nosso povo, com a ajuda dos ativistas que vêem maldade em tudo.
A maior maldade que fazem é provocar o esquecimento e repudio ao conhecimento.
Em resumo isto é culpa do pensamento do Machismo Ariano, que vem desde os Romanos que subjugaram os povos como Egípcios, que eram muito mais evoluídos, tentaram sobrepor aos asiáticos, e depois impuseram aos indígenas das Américas, suas ideias de imbecilidades. Hoje em dia só podemos lamentar que os grupos de “istas” de todas as variações, combatem essas imbecilidades do Machismo Ariano com outras imbecilidades.
Eu sei que você vai dizer que espada se combate com espada, mas isso você faz quando quer provar que é melhor que o outro, não quando se quer viver em paz.
O jeito é lamentar tanta imbecilidade, e tentar ofender o menos possível aos “istas” quando dizemos nossas imbecilidades.

Psicanalista, Escritor, Jornalista, Palestrante e Engenheiro.
Autor de livros de auto ajuda e Romances policiais, atuante em palestras na busca do autoconhecimento e da valorização da saúde mental
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