
Três pontos – Dia das mães
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Feliz dia das Mães
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1 – A História
Na Inglaterra do século XVII foi criado o dia das mães para incentivar a venda de vestidos. Um artigo relativamente novo na época, pois a maioria fazia suas próprias roupas em casa. Nos estados Unidos, “o país do primeiro” posteriormente decretou a homenagem póstuma que Anna Javis em 1907 ou 1914 (os registros são variados), fez para sua mãe como a data oficial.
A igreja já tentou chamar a homenagem para sua autoria colocando como origem na Grécia antiga, para homenagear Maria, mãe de Jesus. Não deu certo e continua sendo uma data independente de visitas e compras de presentes.
No Brasil a data foi oficializada em 1932 na ditadura de Getúlio Vargas. Existem alguns pesquisadores que defendem que desde 1918 uma Associação Cristã de Moços já comemorava a data. De qualquer forma o oficial é de 1932.
O importante da estória é que a comemoração hoje atinge muitos países do mundo, em datas diferentes, de acordo com a cultura de cada lugar. Isso se deve talvez ao não atrelamento a igreja, já que o Dia da Mães está em quase 110 países enquanto o Natal chega próximo de 60.
E quase todos o processo de comemoração é o mesmo, com visitas e presentes.
2 – Mãe ou Maternal?
A evolução fez com que muita coisa mudasse ao longo do século, inclusive a questão da maternidade. Em considerações literais, Mãe é a mulher que dá a luz a um novo ser. Aquela que tem o poder biológico e fisiológico de acolher um embrião e dele, por um período de aproximadamente 40 semana, formar uma nova vida, com todos os seus membros, alimentados pelo seu próprio corpo. A criança nasce fisicamente pronta para o desenvolvimento.
Uma ação que independente de qual for a sua religião é uma divindade, algo que está além da compreensão e capacidade de quem não tem como passar por este processo.
O ser humano do sexo feminino que passa por este processo é denominado Mãe. É e será por todo sempre, a pessoa que gerou outra pessoa.
Mas isso não a faz maternal.
Nem toda mulher que dá a luz a um filho, que passa pelo processo de parto é maternal. Nem sempre este amor incondicional por um ser que por algum tempo vai depender sua existência de seus cuidados, vem através do parto.
Atualmente este assunto pode ser dito de forma mais aberta, uma vez que os grandes conceitos impostos por costumes sem base, em que se acreditava que um filho era como uma propriedade, caíram por terra.
3 – Quem é maternal?
O conceito de maternal também pode ser comprado ao de ser mãe por um ponto muito proeminente, a falta de condições de explicar.
não é possível explicar como uma pessoa, homem ou mulher, conhece um ser que acabou de vir ao mundo , ou já está a algum tempo, entre em sua vida e mude tudo de uma forma que jamais será o que era antes.
Não dá para explicar o amor de uma pessoa por outra pelo laço maternal. Um par de homens que se unem por amor e adotam um criança para o seio dessa nova família, podem dar um amor a este novo ser, que um dia esses homens poderão se separar e seguir com outros parceiros, mas a relação de pais do pequeno ser adotado é para o resto de suas vidas.
Um amor maternal pode surgir de diferentes condições, origens, etnias, ou qualquer outro fator comum de classificação de nossa espécie, mas que nenhum deles explica o surgimento desse amor. Não existe uma receita ou fórmula que se explique essa relação maternal de um ser pelo outro.
Nem toda Mãe é Maternal, como regra de quem deu a vida a uma pessoa. Mas qualquer pessoa que jamais poderá ser Mãe pode ser Maternal.
Então minha homenagem é para todas aquelas mulheres que foram Mães e passaram por um processo milagroso, e por todas as pessoas Maternais que vivem um amor divino.
A todos vocês um feliz dia.

Psicanalista, Escritor, Jornalista, Palestrante e Engenheiro.
Autor de livros de auto ajuda e Romances policiais, atuante em palestras na busca do autoconhecimento e da valorização da saúde mental
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