
Polêmica à vista em Cotia. Mais uma.
O prefeito de Cotia pretende transformar o Estádio Euclides de Almeida, o Clidão, no novo espaço de grandes eventos da cidade e com isso, adeus estádio. Shows e a tradicional festa do peão devem ser transferidos para lá.
Isso deve ocorrer porque onde atualmente acontecem esses eventos, na região central ao lado do Terminal Metropolitano de ônibus, está previsto a construção do Pronto Socorro Infantil e o Teatro Municipal (ainda não consegui visualizar como essas obras com caraterísticas tão divergentes podem ser vizinhas, mas isso fica para outra conversa).
O assunto foi tema discussão na primeira sessão pós recesso da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (6). O vereador Tim, que sempre esteve alinhado aos boleiros disse ser contra e espera que o prefeito arrume outra alternativa. Foi um zum zum zum.
O que é mais importante? O campo de futebol ou o hospital infantil? Alguns vão perguntar.
Rogério Franco (PSD) já enfrentou uma batalha que está na Justiça por conta de outra decisão unilateral, ao anunciar a construção do Pronto Socorro de Caucaia do Alto que iria, ou irá, “roubar” uma parte significativa da Praça dos Romeiros. Na praça, uma vez por ano acontece a chegada da romaria de Caucaia – Pirapora do Bom Jesus e ela é também um importante ponto de encontro dos moradores e outros eventos. Com o embate, o urgente e necessário pronto atendimento ficou em “stand-by”.
Recentemente eu também escutei um zum zum zum no Parque São George, quando o campo do Flamenguinho deu lugar para uma escola do Senai. Mas passou.
Por falar em campo de futebol…
impossível não me lembrar de uma história que me foi contada por uma fonte, que conhece muito bem essa cidade e seus políticos. Pelo que apurei, Cotia possui atualmente mais de 20 campos de futebol que pertencem ao município, ou seja, são áreas públicas. Segundo a minha fonte esses muitos campos, devem-se a um fato, digamos curioso. Um antigo ex-prefeito da cidade costumava punir seus desafetos políticos desapropriando suas terras. E por não ter o que fazer com elas (talvez por falta de vontade ou criatividade, ou pelas duas coisas), simplesmente criava um campo de futebol.
O Clidão, foi em outros tempos – e isso só os cotianos mais velhos vão se lembrar, a casa da Central Brasileira e mais recentemente do Cotia Futebol Clube. E agora pode virar espaço de outros eventos não futebolísticos.
Ninguém pediu minha opinião e acho que não vão pedir, nem a minha nem a sua, mas eu vou dar: apesar de boa corinthiana e adorar um futebol não me incomodo de ficar sem o estádio municipal se for por uma boa causa. Mas também acho que tudo pode ser resolvido na base da conversa e da reconversa.
E você, o que acha?