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Mais de 100 milhões de pessoas passam fome no mundo

O número de pessoas passando fome no mundo saltou de 80 milhões em 2015 para 108 milhões em 2017. Os dados foram divulgados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que preferiu nomear fome como “grave insegurança alimentar”.

Segundo a FAO, o problema é causado pela dificuldade que determinadas regiões estão tendo para produzir ou ter acesso aos alimentos.

As causas principais são impactos de conflitos e guerras civis, alta nos preços e eventos extremos do clima, como secas prolongadas do nordeste brasileiro ou excesso de chuvas em outras regiões do Brasil.

De Roma, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse que é possível garantir que a população tenha o suficiente para comer todos os dias.

“Isso pode ser evitado. Não podemos evitar uma seca, mas podemos evitar que uma seca se transforme em fome. O Nordeste brasileiro é um bom exemplo disso. Nós sofremos com três anos seguidos de seca e não houve fome, graças às políticas preventivas adotadas pelos governos.”

De fato, é possível evitar o sofrimento e as mortes causadas pela “grave insegurança alimentar”. Basta querer. Eu estive no nordeste, mais precisamente no “Coração do Rio Grande do Norte”, o pequeno povoado de Santana do Matos, em 2014. E fui testemunha do quão importantes são as políticas de redução de pobreza, que aqui no sudeste principalmente, a classe média tanto critica, mas que para aquela gente faz toda a diferença, digo mais, é o que garante a sobrevivência do sertanejo nordestino.  Me refiro aos programas Bolsa Família, Bolsa Escola, ao projeto de construção de cisternas que garante água limpa para os moradores e mais recentemente à instalação de energia elétrica.

(minha experiência no Sertão vocês podem ler aqui)

Confrontos

Segundo Graziano, quatro países correm hoje risco de declarar situação de fome: Sudão do Sul, Somália, Iêmen e Nigéria. Neste último, a crise alimentar concentra-se na região norte.

Ele destacou que há outras nações com “insegurança alimentar severa” devido a guerras e conflitos. “Quando se juntam conflito e desastres naturais, a situação se torna explosiva. É o caso da Somália e de algumas regiões da Etiópia, da República Centro-Africana e, sobretudo, do Iêmen e da Síria. Nesses lugares, a paz é uma pré-condição para se enfrentar a questão da fome. Sem paz não há segurança alimentar, da mesma maneira que, sem segurança alimentar, não há paz duradoura“, afirmou.

De acordo com o diretor-geral da FAO, os 108 milhões de pessoas que passam fome apresentam índice de desnutrição acima do normal e pouco acesso à comida, mesmo com ajuda externa. Sem ações fortes para melhorar a situação, essas populações correm o risco de passar fome com consequências graves.

Brasil terá 3, 6 milhões de pobres

De acordo com o estimativas dos Banco Mundial divulgada em fevereiro, o Brasil deve passar de 2,5 milhões e pobres para 3,6 milhões. A maioria dos “novos pobres” brasileiros serão jovens de áreas urbanas, com nível médio de escolaridade e  que foram expulsos do mercado de trabalho pelo desemprego.

Para evitar o aumento dos pobres no Brasil,  o Banco Mundial sugere que o governo aumente o orçamento do Bolsa Família dos R$ 29,8 bilhões previstos para no mínimo R$ 30,4 bi.

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