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Cotia tem baixa cobertura contra HPV, diz levantamento da Saúde

Virus é um dos causadores do câncer de colo de útero, um dos mais frequentes em mulheres

Levantamento realizado pela Secretaria de Saúde de Cotia, com base nos dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), mostra que apenas 11% das meninas com idade entre nove e 13 anos tomaram a segunda dose da vacina contra vírus HPV (Human Papiloma Virus), no ano de 2018.

Em relação à primeira dose, a cobertura ficou em 12,72%. A baixa procura pela vacina preocupa a vigilância epidemiológica do município, uma vez que o remédio é eficiente na redução da incidência do câncer de colo do útero.

“Os pais e responsáveis devem levar seus filhos para imunizarem-se. A vacina é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde, para meninos e meninas. Importantes estudos atestam a eficácia da vacina, mas infelizmente a população não atende como deveria”, avaliou Silvana Silva, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Cotia.

Recente pesquisa publicada pela revista Superinteressante realizada na Escócia destaque que a vacina contra o HPV é capaz de puxar para baixo a incidência de câncer de colo do útero em 89%.

“O HPV não causa câncer de colo do útero, mas a infecção causada por este vírus pode trazer como sequela grave esta doença”, alertou o Secretário de Saúde de Cotia e médico, Magno Sauter.

Por que adolescentes devem se vacinar?

Muita gente não sabe, mas o papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão ocorre na relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou parto, a chamada transmissão vertical.

Inicialmente sem sintomas, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, e em alguns casos ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratadas corretamente, as lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, que tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.

Não é possível identificar com exatidão todos os fatores que levaram ao desenvolvimento da doença. Sexo sem proteção adequada é um fator de risco para contrair inúmeras doenças sexualmente transmissíveis, entre elas o HPV, intimamente relacionado ao câncer de colo do útero. Entretanto, existem pacientes que tiveram apenas um parceiro e também desenvolveram tumores.

Atualmente, o HPV e a Sífilis estão entre as DSTs mais comuns atendidas nos consultórios médicos. “Os homens também devem estar atentos as uretrites, cujos principais sintomas são a dor ao urinar e a secreção pelo canal uretral, causadas principalmente por gonorreia e clamídia”, explica o urologista e coordenador do Centro de Referência da Saúde do Homem, Claudio Murta.

Como se prevenir

A vacina contra o HPV é uma solução para evitar o vírus contagioso. “A eficácia da vacina a ser aplicada é superior a 95%. Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo, observamos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de colo de útero”, afirma a médica Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A imunização também é feita nos Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids (SAE), que possuem sala de vacinação e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), mediante apresentação de algum documento, a exemplo do exame confirmatório ou encaminhamento médico.

Para meninas entre 9 e 11 anos de idade e para o público feminino indígena com idades entre 9 e 13 anos, o esquema vacinal compreende de duas doses aplicadas num intervalo de seis meses (segunda) e de 60 meses (terceira) com relação à primeira tomada.

Confira as três dicas do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP)

 

1️- Não deixe de tomar a vacina contra o HPV e nem deixe de levar as crianças, na idade correta, para se vacinar também;

2️- Use preservativos para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV. O vírus é transmitido sexualmente, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento deste tumor;

3️- Faça os exames de rastreamento anualmente, como o Papanicolau. Quanto antes o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura.

Onde se vacinar

No Brasil, a vacina é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas com idade entre nove e 13 anos e para meninos, com idade entre 11 e 14 anos.

Quantas doses são tomadas?

A vacina contra o HPV é aplicada em duas doses, sendo que a segunda dose deve ser tomada depois de seis meses da aplicação da primeira.

Onde encontrar a vacina contra HPV?

Em todas as Unidades Básicas de Saúde.

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