
Com liminar e muita confusão prefeitura de Cotia garante compra de 35 respiradores
Em meio à pandemia de coranovírus, um embate entre a Prefeitura de Cotia e Magnamed, uma das maiores fabricantes de “ventiladores pulmonares” do Brasil com sede em Cotia ganhou as manchetes das principais mídias do Brasil.
Na linha de frente estava o vice-prefeito e Secretário de Segurança da cidade, Almir Rodrigues. À Revista Veja a empresa disse que Almir teria invadido a sede da empresa acompanhado da Guarda Civil e confiscado os equipamentos – 35 no total – que são fundamentais para o tratamento das pessoas com síndrome respiratória aguda provocada pelo Covid-19.
Ainda segundo a empresa, que funciona dentro do Centro Empresarial San José, no Jardim Belizário, em matéria da Revista Exame, os equipamentos não estavam prontos para entrar em operação e usá-los seria colocar em risco os pacientes.
Por telefone a este blog, o prefeito Rogerio Franco garantiu que, primeiro não procede a informação de que os equipamentos não estavam prontos. “Já estavam inclusive embalados e lacrados”. E que a compra dos aparelhos estava garantida por força de uma decisão liminar.
Segundo Franco, a ação se deu pelo fato de que quando entrou em contato com a empresa, soube que já havia um ofício do Ministério da Saúde determinando a requisição de todos os aparelhos produzidos no país. “Entrei em contato com o Ministério e eles então fizeram outro ofício informando a empresa que, o que tivessem em estoque poderiam vender para os municípios e assim, a produção daqui pra frente seria exclusiva do MS. Além disso, entramos com a liminar que foi concendida no início da tarde”. E por fim os aparelhos comprados pela prefeitura e serão utilizados no hospital de campanha em construção na região central de Cotia para atender as pessoas que necessitarem de atendimento.

Veja a íntegra da Liminar concedida pela Justiça Federal em primeiro grau
“É preciso ressaltar que o povo de Cotia/SP não pode esperar porque a doença não espera. É preciso esclarecer que o Município tentou, inúmeras vezes, fazer contato com a empresa para concluir o processo de aquisição dos aparelhos, sem qualquer retorno. Em virtude disso, aplicamos o instituto da requisição administrativa e vamos indenizar a empresa, conforme dita a lei”, justificou em nota a Prefeitura de Cotia.