
Atenção! Tosse seca e constante é o principal sintoma da tuberculose
A Secretaria de Saúde do Estado alerta para a necessidade de envolver todas as esferas da sociedade na luta contra a tuberculose, doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas que também pode atacar outros órgãos e sistemas do corpo humano, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
A apresentação pulmonar, no entanto, é a mais relevante para a saúde pública, já que é a principal responsável pela transmissão da doença por meio de partículas lançadas ao ar pelo espirro ou tosses.
Vale destacar que o principal sintoma da tuberculose é a tosse seca e constante. Por isso, é importante que o paciente seja encaminhado a uma unidade da rede Sistema Único de Saúde (SUS) caso a tosse persista por três semanas.
A prevenção em relação à doença ocorre com a imunização da criança ao nascer, ou, no máximo, até os 4 anos, 11 meses e 29 dias com a vacina BCG. É fundamental destacar que a vacina está disponível, gratuitamente, nas salas de vacinação das redes de serviços do SUS, incluindo maternidades.
“A meta é eliminar a enfermidade, ou seja, atingir menos de 10 casos por cem mil habitantes no ano de 2035 e, em 2050, menos de um caso por um milhão de habitantes”, afirma a médica Vera Galesi, da Divisão de Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde.
Tuberculose mata 4.500 pessoas todos os dias no mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a doença mata, diariamente, quase 4.500 pessoas em todo o planeta e permanece com o status de doença infecciosa mais mortal do mundo. Os números mostram ainda que 30 mil pessoas são acometidas pela tuberculose todos os dias.
De acordo com a OMS, esforços globais para combater a doença salvaram 54 milhões de vidas desde o ano 2000 e reduziram a mortalidade em 42%.
Números da doença no Brasil
Em 2017, o Brasil registrou 34,8 casos de tuberculose por 100 mil habitantes. Foram anotados ainda 4.534 óbitos pela doença, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 mortes por 100 mil habitantes.
O país, de acordo com o Ministério da Saúde, atingiu os chamados Objetivos do Milênio de combate à tuberculose, que previam reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado aos resultados de 1990. Em 2018, entretanto, houve 72,8 mil casos novos no país.
“Apesar de ter avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta”, destacou o ministério, ao reforçar a importância de se começar o tratamento o quanto antes. A terapia de combate à tuberculose está disponível gratuitamente em unidades públicas de saúde e mantê-la até o final é essencial para atingir a cura da doença.
Notificações em São Paulo
Em 1998, foram registrados 49,3 casos a cada 100 mil habitantes. No ano de 2016, o número caiu para 38,1 casos por 100 mil habitantes, representando uma queda de 23% no Estado de São Paulo.
A tuberculose é uma das principais causas do óbito de pessoas com HIV e as chances de a doença se manifestar nesses pacientes é de 20 a 30 vezes maior do que em quem não tem o vírus.
“O óbito geralmente ocorre nos primeiros dois meses de tratamento, razão pela qual a rapidez no diagnóstico da tuberculose é fundamental, bem como o diagnóstico de HIV entre aqueles com a enfermidade”, salienta Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.
O que é a tuberculose
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Os sinais e sintomas mais frequentes incluem tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite; emagrecimento acentuado; e rouquidão.