
Três pontos – Sinais
Três pontos de hoje sobre sinais que as coisas não vão mudar tanto assim em relação ao governo passado. Falta de apoio, super valorização da Petrobrás e descontentamento de categorias.
1 – Senador Major Olímpio faz Alerta: “vai tomar um cacete”
Mantendo essa linguagem bem formal e respeitosa que o atual governo sempre apresenta, o alerta do militar é que o governo não tem apoio para votar a nova forma de reajuste do salário mínimo a partir de 2020.
Ano que vem o salário mínimo seria reajustado somente com o fator d inflação e não mais com o fator de ganho que foi colocado no governo de Lula (atualmente presidiário em Coritiba).
Vamos considerar que esse fator que reajusta o salário minimo já é bem inferior a realidade que o brasileiro necessita para se manter. Visto que seria este a ideia de um mínimo. Agora vai retirar este fator deixando somente a inflação? Essa medida que acredito será recebida mal recebida pela população não pode mesmo ser aprovada.
Precisamos de mais realidade e menos crueldade. Sim, é crueldade em um momento deste que o país vive cortar o aumento do mínimo. O reflexo do aumento vai para tudo que o governo paga. Mas é difícil de entender quando o STF que tem 11 ministros tem um orçamento anual de 741 milhões enquanto tentam diminuir o ganho daqueles que tem só o mínimo.
2 – Reajuste da Petrobrás é independente do governo.
Mais uma vez usando o formato categórico de expressar quando o presidente pergunta ao presidente da Petrobrás Roberto Castello Branco:
“No dia que estou comemorando 100 dias de governo, você está jogando diesel no meu chopp?”
O economista explicou o processo de reajuste da empresa, que foi entendido pelo presidente e aceito. Paulo Guedes deu declaração às emissoras de TV que não haverá intervenção do governo na politica de preço da empresa.
Eu sinceramente nunca entendi isso. A empresa é do governo, criada na ditadura de Getúlio Vargas. Sim, venderam ações na bolsa, mas ainda é a majoritária. O país dá exclusividade de exploração. Por que não pode intervir na politica de preço?
Se ela é tão independente assim, então retire o direito ao monopólio. Abre para concorrentes e deixa que a politica de mercado faça o preço. Mas não é assim, já tivemos inúmeros aumentos de preços ao longo da história para garantir a integridade financeira da empresa.
3 – Caminhoneiros insatisfeitos.
Nas redes sociais os caminhoneiros estão manifestando suas insatisfações com as propostas do novo governo para auxilio a categoria.
Eles já vem de uma situação bem complicada onde o valor do frete não conseguia mais bancar nem os pedágios. Então o presidente Temer lançou a redução parcial do pedágio e o frete mínimo, que está inviabilizando para os autônomos, que é maioria da categoria, conseguir novos contratos. Empresas preferem manter o seu quadro de funcionários, que sai mais barato que contratar frete.
Com isso os poucos trabalhos que conseguem mal dá para manter e muito menos para manutenção do caminhão. Um problema que vi além do caminhoneiro e coloca em risco os trajetos e outros usuários de rodovias.
O governo está propondo um financiamento para que o caminhoneiro fazer manutenção e ajustar a condição. Mas isso não ajuda em nada e segundo a categoria só vai aumentar as dividas do profissional, que mal consegue se manter. Precisam de uma politica de redução dos custos.
Preços melhores para caminhões, combustíveis e pedágios. Isto tem que baixar. Financiamento é só mais dívida.

Psicanalista, Escritor, Jornalista, Palestrante e Engenheiro.
Autor de livros de auto ajuda e Romances policiais, atuante em palestras na busca do autoconhecimento e da valorização da saúde mental
https://www.facebook.com/anselmoduartepsic/
anselmoduarte.com