
Três Pontos – Fazendo parte da equipe
Um Paradigma que nós brasileiros estamos aos poucos conhecendo e entendendo, para os modais de trabalho moderno, com empresas sem sedes, investidores de pequenos negócios e as micro empresas que se projetam como o caminho mais eficiente. Como uma grande colmeia onde o trabalho de cada abelha é tão importante quando o da rainha.
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COLABORADOR DO FUTURO
AS FUTURAS RELAÇÕES DE TRABALHO
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1 – Revoluções
Evidente que as situações das revoluções da mecânica e industria foram processos extremamente agressivos, com empresários que investiram suas fortunas em um negócio, e a necessidade de retorno fizeram com que criasse o sistema de trabalho nas fábricas, onde cada funcionário era um numero na folha de pagamento.
Nunca antes houve uma interação funcionário x patrão, muito pela culpa dos patrões que tinham um perfil muito diferente do atual.
Vamos deixar bem claro que estamos falando das empresas de pequena a média, que é hoje em dia as que mais oferecem vagas de emprego e tendem a ser as maiores no futuro.
Segundo dados do SEBRAE em 2018 as pequenas empresas foram responsáveis por 52% dos empregos registrados, ou seja 16,1 milhões de empregos. Também foram responsáveis por 27% do PIB.
O crescimento é uma realidade e apesar das leis brasileiras terem sido feitas para grandes empresas, que usurpavam o trabalhador, não tinham a menor preocupação com o funcionário, são aplicadas a pequenas empresas também.
Estas leis foram necessárias em uma época onde o faturamento das grandes era imenso e o descarte de funcionários não levava em conta a situação do trabalhador.
Em alguns casos a situação era semelhante ao sistema escravocrata, onde o trabalhador praticamente trabalhava para comer. Isso foi na industria e na agricultura, onde as grandes Corporações utilizavam os trabalhadores rurais de uma forma desumana.
Apesar dos sindicatos que sempre tiveram participações duvidosas nas lutas mas enriqueceram de forma espantosa, as leis trabalhistas evoluíram e auxiliaram o minimo de dignidade ao trabalhador.
Mas hoje em dia a realidade não suporta mais a quantidade de impostos nem o sistema de contratação.
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2 – As Pequenas de Hoje
As pequenas empresas chamadas MEI assim como as Startup’s tem uma concepção muito diferente de trabalho. Os empreendedores que começam essas pequenas empresas, que não tem mais aqueles grandes galpões, ou um escritório enorme, e muitas vezes nem local tem. A estrutura pode ser totalmente digital.
Esses novos empreendedores tem como meta a sobrevivência, melhorar de vida, fazer o que gosta e ganhar dinheiro com isso.
A mentalidade de um empreendedor deve ser esta. Caso ele ainda tenha aquela mentalidade de ganhar muito dinheiro, não é com um pequeno negócio que vai ficar milionário. Está fadado ao fracasso.
Quando ele trabalha com empenho, prazer pelo que faz, satisfação em atender ao seu cliente, é normal que evolua como empresa e assim cresça no lado financeiro e estrutural.
Alguns empreendedores vieram para esta modalidade de pequeno negócio pela crise no país que está ai e não apresenta nenhuma expectativa de melhora. Com o passar do tempo e agravamento da situação, o jeito foi começar um pequeno negócio para poder garantir um sustento. Essa modalidade é muito arriscada como todo mundo sabe, mas quando é a única corda que você pode se agarrar para não rodar na enxurrada, melhor se agarrar nela com cuidado e força para que não romper e perder.
Assim a contratação de funcionários quando é necessário, é uma seleção muito importante, que a maioria não sabe fazer. Comumente o pequeno empreendedor não tem conhecimento administrativo ou de recursos humanos. Ele conhece do que está fazendo e nada mais. Também tem a parte fiscal que costuma ser feita pelos chacais de algum escritório de contabilidade, que ainda sobrevivem pela burocracia do nosso governo.
Quando precisa contratar uma pessoa para ajudar o medo e a insegurança é o que mais deixa o pequeno empreendedor apavorado. As leis não ajudam, a falta de conhecimento deixa no escuro, sendo que a unica coisa que ele sabe é os direitos do trabalhador podem quebrar o seu negócio e se for pra justiça, ai acabou.
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3 – A mudança do funcionário
Esta mentalidade esta mudando aos poucos. Bem pouco na verdade. A grande maioria dos trabalhadores ainda acreditam que uma pessoa que lhe dá um emprego é um milionário, sanguinário que tem que pagar o seu salário.
A visão de uma pessoa que está com o seu negócio para ganhar a vida como qualquer outro, ainda não é aceita. Patrão é patrão.
Mas já existem sinais que funcionários estão se transformando realmente em colaboradores. Este termo é muito usado mas sem a sua efetiva literalidade. Colaboradores que vestem a camisa do pequeno negócio e realmente brigam pela vitória. Essa vitória que não é somente do patrão e sim de todos que fazem parte deste processo de crescimento que visa a sobrevivência de todos.
Claro que você também vai encontrar pessoas que montaram seus negócios e não tem esta visão de colaborador. Uma forma fácil de identificar é que ninguém fica muito tempo trabalhando com ele. Pois quando você detecta que ele só quer explorar, vai embora por que hoje em dia já chega o governo explorando e roubando nossos impostos.
Mas existem empreendedores que já tem esta visão assim como colaboradores que vestem a camisa. Esse formato merece atenção e a sequencia deste padrão é como nos Estados Unidos onde o funcionário passa a ser sócio do negócio, após um comum acordo entre empreendedor e colaborados.
Na verdade isto já não é mais uma utopia. A participação de um funcionário em uma empresa pequena será tão importante que sua saída torna-se inviável a continuação do negócio, compensando mais dividir que tentar um novo recomeço.
Vamos devagar, mas um dos caminhos para os modais de trabalho e profissional do futuro é esse. A velha forma de vestir a camisa.