
Três Pontos – A importância da conquista
Qual a importância da conquista? Será que ainda hoje é aceitável a máxima de que “o fim justifica os meios”, ou é necessário um pensamento mais justo e menos canalha?
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A CONQUISTA IMPOSTA OU A BUSCA DE TODOS?
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1 – Por que funciona?
Na verdade, como todas as grandes máximas que podem controlar o pensamento da humanidade, tem a imposição como principal meio.
De uma forma imperativa, a máxima e colocada como verdade, e quem vai contra está se posicionando contra um bem maior.
Foi muito comum na idade média e até hoje, quando alguém vai contra uma máxima, um pensamento ou uma posição, ser colocado como traidor da humanidade.
Assim como alguém poderia morrer na guilhotina se dissesse que a rainha estava mentindo, poderia morrer na fogueira caso fosse contra o padre.
Ou mesmo fuzilado de criticasse uma posição do ditador.
Mas a alegação não era exatamente direta. Ele havia traído o reino e não a rainha, ofendido d Deus e não o besteira do padre e um traidor da pátria e não os desmando do déspota.
No meio de tanta imposição que sempre funcionou, principalmente depois que os exércitos foram diminuindo, pela lógica da guerra, onde sempre morrem, e os grandes pensadores encontraram outro meio de dominar.
2 – Mas as vezes é aceitável?
Como tudo nesta vida existe uma maleabilidade.
O ponto anterior coloca o lado ruim, do uso para justificar maldades que foram empregadas coletivamente.
Algumas vezes quando você necessita sacrificar algo para um bem maior prevaleça, você está utilizando o fim para justificar o meio.
Mas isto deve ser muito bem pensado, por que as vezes os traumas que a trajetória deixa, é muito mais marcante que o resultado final.
É necessário muita analise para que durante um processo da conquista de algo desejado, que os pontos que serão classificados causem os menores danos possíveis.
Além do que muitas vezes os danos aceitáveis para alguns são inaceitáveis para outros.
Então a alternativa mais plausível não é justificar o meio com o fim.
É arcar com as consequências que o processo gerou, com os danos que o meio causou.
A partir do momento que será necessário arcar com as consequências, o responsável não vai agir sem freios ou limites.
3 – Melhor não.
A máxima que vem contradizer esta é “a viagem é mais importante que o destino”.
Ou seja. No processo de execução de qualquer conquista, como você faz é mais importante do que o que conseguiu.
Deixar tudo e todos satisfeitos é muito melhor que colocar uma medalha peito.
Algumas trajetórias são realmente duras e necessitam de muito suor e lágrima.
Mas quando feita com honra e respeito, o suor é valorizado tão valorizado como a vitória.
Mas é sempre bom utilizar um exemplo, e como no país a linguagem esportiva é unilateral vamos lembrar da Seleção de futebol.
Duas passagens que ficaram na memória de todo e qualquer pessoa que se informa sobre a história da seleção.
A copa do mundo de 1978 onde a esquadra brasileira não teve nenhuma derrota e por um jogo muito suspeito onde o Peru levou 6 gols da Argentina para que o Brasil ficasse fora, até hoje é discutido.
Outra que marca muito os admiradores do bom jogo é a seleção de 18982 que não ganhou a copa, mas excluindo o fenômeno de 58, que contou com Pelé e Garrincha, é a maior referencia de qualidade de jogo.
Do outro lado a seleção de 1994 que foi tetra a sua trajetória é sempre manchada. Nem é o fato de vencerem nos pênaltis.
Mas as confusões, as discussões prévias para a divisão do prêmio e tantas outras polêmicas que tiraram o brilho da conquista.
Ou seja. Faça bem feito que independente do resultado, a sua trajetória pode causar muita coisa boa pra você e para quem te cerca.
Independente do resultado final.